Pedro de Camargo nasceu em Piracicaba, Estado de São Paulo, no dia 7 de Maio de 1878. Foram seus pais Antônio Bento de Camargo e Sebastiana do Amaral Camargo.
Cedo perdeu o pai, e cedo começou a ganhar a vida. Entrou para o comércio. Trabalhava com seus irmãos mais velhos.
Jovem ainda e influenciado por um amigo, resolveu estabelecer-se dando início ao seu próprio negócio. Não chegou a ser rico, porém nunca lhe faltou nada, nem à sua família. Amparou muita gente, e jamais alguém lhe bateu à porta que não fosse atendido e bem socorrido.
Bem jovem, já abraçava com entusiasmo a religião espírita, nela tendo encontrado, afinal, explicações racionais que em vão buscara nas demais doutrinas religiosas.
Casou-se em primeiras núpcias com D. Elisa Runcle, de quem enviuvou muito cedo. Desse consórcio tiveram uma filha. Em segundas núpcias casou-se com D. Messiota de Campos Pereira, falecida em 26 de Novembro de 1952. Desse casamento teve cinco filhos.
Viveu em Piracicaba até o ano de 1937, ali tendo dirigido a “Igreja Espírita Fora da Caridade Não Há Salvação”. Transferindo-se para a cidade de São Paulo, em 1938, nessa capital permaneceu até a data de sua desencarnação.
Foi grande orador, emocionando a quantos tinham a ventura de ouvi-lo. Conselheiro da Federação Espírita do Estado de São Paulo, ali introduziu as suas apreciadíssimas Tertúlias Evangélicas, realizadas todos os domingos, pela manhã, com o comparecimento de grande assistência.
Perene admirador da Casa de Ismael, sempre lhe consagrou inteiro apoio. Chegou a ser presidente da União Federativa Espírita Paulista, e durante mais de uma década foi diretor gerente de “O Semeador”, órgão da Federação Espírita do Estado de São Paulo, fundado em 1944.
Pedro Camargo, mais conhecido por Vinícius, pseudônimo que ele adotou e usou por mais de cinqüenta anos de trabalho contínuo e perseverante na Doutrina, foi, não há dúvida, o maior educador e evangelizador espírita dos nossos tempos.
Havia alguns anos que os achaques naturais de uma idade avançada impediam-no de maiores atividades, daí porque sua colaboração escrita e falada quase desapareceu.
À 20 horas do dia 11 de Outubro de 1966, o Espírito de Vinícius passava para a Pátria Espiritual.
Tal foi a existência de Vinícius, toda ela dedicada à causa da educação e do soerguimento moral das criaturas humanas. Daí porque, dias depois de atravessar as aduanas do Além, ele pôde transmitir bela e confortadora mensagem aos seus amigos e companheiros da Casa de Ismael, participando-lhes a sua feliz ressurreição nos planos da Vida Maior.
Livro:Grandes Espíritas do Brasil
Autor: Zêus Wantuil
Editora: Federação Espírita Brasileira