José Florentino de Sena, nasceu na Fazendo Sítio da Pedra, margem direita do rio Paraguaçu, termo de Monte Cruzeiro, comarca de Amargosa, no Estado da Bahia, em 2 de Dezembro de 1866. Filho de Manoel Antônio de Sena e D. Maria Florentina de Sena.
Muito moço ainda, aos 11 anos, em 21 de Agosto de 1877, mal terminara seus primeiros estudos, abraçava a carreira comercial, em um estabelecimento de drogas e ferragens, onde, pela revelação de seu grande talento e esforço, foi logo escolhido para o serviço de escrita.
Em 29 de Novembro de 1895, contraía o seu primeiro matrimônio com D. Francisca Laura de Jesus Petitinga, falecida em 28 de Agosto de 1903, tendo deste enlace sete filhos.
Em 11 de Fevereiro de 1906, contraiu segundas núpcias, com D. Maria Luísa Petitinga, de cujo consórcio não teve filhos.
No ano de 1877, quando iniciava a sua carreira comercial, deu também expansão à veia poética, escrevendo os seus primeiros versos, que pouco a pouco se foram aperfeiçoando na forma e no fundo, até que aos vinte anos de idade dava público o seu primeiro livro de poesias.
O nome Petitinga foi usado como pseudônimo, nos primeiros artigos que escreveu, para fugir à censura paterna e de seus patrões. A sua estréia na imprensa foi no jornal “7 de Janeiro”, que se editava na heróica e legendária cidade de Itaparica. Em face da popularidade do pseudônimo, pelo qual passou a ser conhecido por todo o mundo, resolveu adota-lo como sobrenome, em substituição ao Florentino de Senha, fazendo, para tanto, declaração pública e em cartório.
Em 1887 abraçara as idéias de Allan Kardec, semeando-as e defendendo-as abnegadamente. Mais tarde, fundou a União Espírita Bahiana, da qual foi sempre presidente, por aclamação nos últimos anos de vida, tendo conquistado a simpatia e a admiração de quantos se lhe agregaram na tarefa indefessa da restauração do Cristianismo em Cristo.
José Petitinga, exemplo de verdadeiro espírita, tudo deu de si, material e espiritualmente, para o engrandecimento da referida Sociedade, desempenhando honrosamente a sua missão.
No dia 25 de Março de 1939, desencarnava José Petitinga, jornalista, historiador, humorista e polemista, orador fluente, poeta de estilo, filólogo, matemático, mestre em contabilidade e, sobretudo, um dos principais esteios da Doutrina Espírita no Estado da Bahia.
Livro:Grandes Espíritas do Brasil
Autor: Zêus Wantuil
Editora: Federação Espírita Brasileira